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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

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Fica difícil definir como a broxista nº1 é maluca. E um tipo como eu não se sabe defender. Como é que tu vais definir uma louca que te entra pela sala dentro para o fazer? Não é que o saiba fazer. Mas aplica um entusiasmo irrecusável e uma frequência ousada. A mim dá-me jeito quando vou ao volante de pernas pesadas de tão leves, a caminho do almoço em casa, a lembrar-me do que ela fez há 15 minutos na sala, sem saber bem que horas são, e o que horas são. O coração! Não é para aqui chamado!

Hoje passei-me! Ficou provado que a mola da intenção pode actuar em cima de duas cadeiras perfiladas. Que portas abre a chave do meu coração? Que portas, e de que corações, abre a minha chavita ponteaguada?


Nada de ligar para a Tê, nem para a MZ, nem para a L.
Isto é complexo. Não faço frequentemente este exercício de o reduzir às duas dimensões da escrita. O fluxo do teu olhar na perpendicularidade da planilha onde os caractéres se fixam.

De pastas, trouxa e chaves para fechar a sala recebo um telefonema às 19:00. A hora não era inocente à broxista nº2, que já foi nº1 e agora é a nº3 devido a umas ausências.

Encostei a mão ao queixo e enquanto fechava os olhos comecei a achar muita piada àquilo tudo. E pensava na MZ.

Era meia noite e meia quando me livrei das reuniões de trabalho por telefone. E olhei para o telefone e vi a cara triste da MZ. Nem consegui responder aos miados da querida P. num sms simpático.


A Inês Antónia não é nada anatómico-cagueiralmente desprezível. Também não simpatizo por aí além com as palavras acabadas em "mente". Mas foi a palavra mais à mão. Mão essa que eu ainda não consegui pôr naquela formosa parte acabada em "mente" de que falo em cima, get it up?. Está combinado para amanhã. Ligou-me à tarde mas eu posterguei para amanhã.

À noite!, 21:00!, mesma hora que ontem a Tê liga-me, porque acabei o cabelo só hoje! Pois. Tenho que a ir buscar amanhã às 20 depois da missa. Haverá imolação?


E, há a MZ! Como fica? Posso ir buscá-la para os copos, depois da imolação ou pedir-lhe desculpa e ficar a dormir. Ou não ver o cordeiro Tê e não ir com a MZ para os copos, mas sim, sim.


Na verdade não se pode escrever a vida.





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Coitada da MZ.
Não lhe liguei o dia inteiro, e nem à noite. Não se faz. Verdade seja dita que quase não tive opurtunidade.

Hoje soube que o circo vai actuar no sábado. Fixe!

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Ontem foi um dia horrível. Felizmente não me lembro de quase nada.

Resumo: de manhã esteve a Shuly. Mamas grandes mas arrebitadas, mulata baixa, meia tansa e grossa, olhos verdes. Já uma vez lhe tinha tirado as mamas para fora, pele lisinha, daquelas peles que fazem um homem perder a cabeça. Mostrei-lhe montes de pequenos filmes porno, daqueles de dez segundos. Quando eu não os deixava chegar ao fim ela reclamava. Apesar de morar longe como Bagdade trocámos de números de telefone. O acordo firmado, falta ver se a paciência o deixa concretizar.

A J. e a irmã estiveram aqui ao meio dia. Apesar de a J. estar perfilada e operacional ando louco para me atirar à mana mais nova. Já lho disse. A mana mais nova apenas perguntou: "E a minha mana?!" Disse-lhe que apesar de gostarmos um do outro eu não sou namorado de verdade da mana dela. Respondeu que ia pensar. Mas parecia mais surpreendida do que convencida. Com as mulheres tudo é possível.

Na verdade queria aproveitar uma viagem de quinze dias da J., entretanto anulada possivelmente para Janeiro, à Ilha de São Tomé para me degustar com a caçula. Ou tenho paciência de esperar até Janeiro, o que indicia pouca paixão, ou actuo num plano muito mais arriscado e delicado: solicitar o sangue frio da caçula para tal cumplicidade.

Ao fim da tarde esteve a Dave. Fomos para as conversas do costume: ela a pedir-me um filho e eu a pensar no cu da Tê. E nas mamas da Dave, claro. Valem alguma da maçada. A Dave é uma mulata castanha, mais para o cajú do que para o chocolate. Há anos que dura essa história de amassos e masturbação mútua. Agora começou com a história de que quer um filho. E fala a sério. Qualquer dia minto-lhe e digo-lhe que sim.

E a Al apareceu como nas últimas três semanas por volta das 18:00 a pretexto da encomenda dela impondo os seus gestos e clamores de sargenta cor de areia da praia. E afinal desbobinou a vida dela, em sessões de duas horas diárias. Está a usar a tática da habituação e do enturmanso. E eu a conquistá-la sem vontade nenhuma, à procura dos seus pontos bons, que diabo!, há-de tê-los!

Escrever a vida leva tempo e mal sobra tempo para viver quanto mais para escrever a vida.

O douto reflexo que em espelhos explode impõe-me a pergunta: tirando a J. - vossa semi namorada oficial -, as outras, a mana semi cunhada, as duas mulatas de busto cajú e a Al cor de areal, estão todas perfiladas?

Todas?! Isso era não contar com a minha dimensão humana. Fazer do falhanço forças. Aliás, de tanto lançar o barro à parede, às tantas tornas-te especialista nisso e não dás o passo seguinte. O que é muito sensato na maior parte das vezes.

Ainda que a custo acabei o dia nu e cheiroso numa cama lavada, tinha sonhado com o cu da Tê desde a noite anterior e agora estava ali, a discutir ao telefone!, porque o cabeleireiro!

Não me surpreendi quando me vi a combinar uma saída com a MZ para hoje. Hoje?!
Isso é outra história.


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Se estou apaixonado pela L.L. o problema é meu.

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Sempre soube que a MZ tem umas mamas muito boas. Para uma miúda de 18 anos está muito bem munida. Ela nunca as escondeu, pelo contrário, exibe uns decotes em rede que deixariam qualquer um louco.

Bom, não sendo eu um louco qualquer sempre me comportei com a olímpica indiferença felina que me caracteriza quando a peça está ao alcance.

Concentrei-me nos seus lábios carnudos, os beijos surgiram sem querer, acidentalmente em conversa, os rostos chocaram e demos um beijo inadvertido. Acho que só foi ao terceiro encontro a primeira vez que nos beijamos com souplesse, à porta da casa dela. Eu senti-me no céu. Como se estivesse a degustar um bolo de nata acabadinho de fazer.

Ao quarto encontro ela apareceu-me com um piercing com uma bola enorme precisamente no lábio inferior. Fiquei triste porque estava na altura gamadão nos beijos dela.

A nossa relação esfriou, disse-lhe que nunca mais a beijaria, talvez daí a cinco anos. Deixei de lhe ligar. Deixámos de dar o nosso passeio de quinta-feira à noite onde bebíamos uns copos, conversávamos muito e não ligávamos as pessoas que à nossa volta viam o nosso halo e timidamente nos cumprimentavam com um sorriso estranho.

No outro dia reapareceu, com um piercing mais pequeno, dizendo que equacionou tirar o piercing por minha causa. Bebeu imenso, mas eu bazei sozinho, sem me despedir dela, apesar de me ter despedido das amigas dela.

Mais um ou dois meses sem lhe falar, e a semana passada combinámos que esta semana sairíamos. Ontem combinámos para hoje.

Ela é tão meiguinha.

Eu disse-lhe que ela é uma prenda imerecida para a minha velhice. Ela riu da palavra velhice.

Hoje fiquei de a apanhar às dez da noite, e levá-la para minha casa. A táctica é comportar-me como quem não quer a coisa. A mim parece-me que ela quer dar a coisa, ahahah...

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Segundo diz, e bem, um amigo meu, "Todas as gajas fazem broxe em potência; o broxe sabe bem; mas 99,9% das gajas não interessam nada."


Terça-feira, 27 de Novembro de 2007

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Um blog. Um blog de abertura.
Pouco há a dizer num blog. É mesmo impossível num blog contar a vida como ela é. Há muito de intervenção de um narrador e o narrador leva as palavras para onde ele quer, ou para onde ele consegue. O texto ganha autonomia e o narrador faz falhar.
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